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Método investigativo do grupo Tempo

  • Foto do escritor: PURB
    PURB
  • 5 de abr. de 2018
  • 3 min de leitura

Atualizado: 9 de abr. de 2018



O grupo passou a desenvolver um método investigativo a partir da expressão de sujeitos que, de alguma forma, possuem relação com o espaço da área estudada. O método é baseado nas ideias de análise sensorial de Alexander, e também nos clássicos mapas mentais de Kevin Lynch.


O método basea-se em estratégias chave para descobrir os principais elementos espaciais - tanto em termos de espaço físico e mental - que vibram no inconsciente dos sujeitos, e que devem, da forma mais livre e contínua possível, materializar sensações relevantes para sua constituição mental, recorrentemente experimentadas a partir da relação sujeito-espaço.


A partir de reflexões do trabalho de ambos os autores abordados, foi-se concluído que o método necessitaria de algum tipo de expressão que, ao mesmo tempo, respeitasse a peculiaridade do sujeito entrevistado e facilitasse seu pensar durante o ato de expressar-se em alguma linguagem traduzível - como o sujeito que livremente desenha um mapa mental nas proporções, deformações, detalhes e omissões que lhe são únicas, ou como aquele que, a partir de sua relação singular com o local, responde aos primeiros questionamentos feitos por Alexander: "o que, aqui, lhe deixa feliz?".


A priori, foi pensado na utilização da linguagem verbal como gatilho base da investigação do espaço-sujeito. Era necessário, como antes mencionado, que o modo de questionamento atendesse a duas condições: 1- que o sujeito se sentisse livre e sua expressão fosse um gesto contínuo. 2- que sua peculiaridade fosse ressaltada pelo ato da expressão. Após reflexões, achou-se coerente o uso da linguagem verbal de maneira simples, capaz de estimular a resposta do entrevistado de maneira que não tivesse que pensar demasiadamente. Assim, espera-se que o processo de resgate inconsciente seja o mais contínuo possível. E também, desta forma, é esperada ampla variedade de respostas, atendendo à condição número 2. Seguem as perguntas:


1. Qual a melhor visão que você experienciou no local?

a. "acho que do lugar mais alto, bem em cima do morro. A vista é linda, tu tem a visão do continente, do sul da ilha e as pontes. No reveillon dá pra ver três queimas de fogos".

b. "ah, ver o mar atras dos arbustos".

c. "acho que é a visão da comunidade vista de dentro da marina. O contraste entre uma realidade e outra trazem vários questionamentos, não so de arquitetura".


2. Qual o cheiro que mais lhe marcou?

a."do mar..."

b. "esgoto! "

c. "mar"


3. Qual o som que mais lhe chamou atenção?

a. "o ônibus em alta velocidade fazendo a curva"

b. " o som das placas de concreto do trapiche, na marina"

c. " não lembro de nenhum característico"


4. Diga um momento em que você se sentiu contente.

a. "quando achamos um sombra"

b. " quando chegamos no final do trapiche, e eu visualizei a ponte de mais perto, a visão do mar, o vento batendo.."

c. "quando achamos a arvore de pitanga"


5. E um em que você se sentiu descontente.

a. " quando eu andei um pedação sem encontrar uma sombra ou lugar pra sentar"

b. " quando eu quase tropecei num pedaço que não tinha calçada"

c. " acho que a mesma resposta da primeira pergunta"


6. Fale sobre algum estranhamento que ocorreu.

a. " inexistência de calçada em alguns trechos"

b. " guarda corpos descontínuos, tu pode cair numa fresta daquelas de uma altura de uns 10 metros".

c. " aquele buraco, cheio de rampas, tipo uma construção abandonada dominada pelas plantas"


7. O que lhe é mais familiar neste local?

a. " a forma de morar"

b. " método construtivo"

c. " os barcos"

 
 
 

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